sexta-feira, 17 de setembro de 2010

MIS no Palácio dos Azulejos - Promovendo a Cultura em Campinas



A comunidade artística e a população de Campinas e região foram pegas de surpresa pela matéria do Correio Popular publicada no dia 05/08/2010 (“Palácio dos Azulejos: Hélio retoma o projeto de Toninho”), onde se diz que o Museu da Imagem e do Som (MIS) será transferido do Palácio dos Azulejos para a Estação Cultura, transformando o Palácio em sala de recepções do poder executivo.
Ora, não é aceitável que o MIS, que se encontra há 14 anos nesse prédio público (com garantia legal de permanência definitiva, por meio do decreto nº 14.844/2004), seja removido desse espaço sem uma explicação mais coerente.
Na matéria do jornal é apontado que seria uma retomada do projeto do ex-prefeito Toninho. Isto não é verdade. O projeto original de revitalização do então prefeito mantinha o MIS no palácio e destinava uma sala para uso do poder executivo.
Ao contrário do que diz a matéria, o MIS se empenha em cumprir o papel cultural de dar visibilidade ao Palácio dos Azulejos, pois abre suas portas para as mais variadas atividades culturais, artísticas e educativas, em sua grande maioria, gratuitas.
Em contato vivo com a população, o MIS é um dos pouquíssimos espaços de Campinas onde há intervenção popular direta em sua programação e funcionamento. Só para ter uma idéia, a média de visitação e participação no Museu é de 1.500 pessoas por mês.
O Palácio dos Azulejos, tombado pelo IPHAN, CONDEPHATT e CONDEPACC, é um dos poucos patrimônios históricos utilizados pela população, graças ao trabalho do MIS. Este prédio tem oferecido a localização e a infra-estrutura necessária para que suas atividades se realizem, mesmo sem o apoio financeiro suficiente do poder público. Restringir o uso do Palácio para fins de reuniões do poder executivo é minimizar seu potencial sócio-cultural para a cidade de Campinas.
Defendemos, assim, a permanência do MIS no Palácio dos Azulejos, reivindicando também o reconhecimento deste espaço por parte do poder executivo como fundamental para a preservação da memória e produção cultural campineira. Neste sentido, fazemos coro com as reivindicações que exigem uma real política cultural para a cidade de Campinas. Para a defesa e permanência do MIS no Palácio, chamamos a população a participar das ações que já estão ocorrendo.

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